14.12.2009
Li no jornal 'Notícias Paulista' dessa última semana um texto de um rapaz chamado Bruno Lozzi, estudante, sobre política local e, no texto ele questiona os Poderes Legislativo e Executivo em relação à tomada de decisões, por ambos, em função das necessidades da população e, comenta, ainda, sobre as discussões e a não aprovação do Projeto da Municipalização do Trânsito que seria uma coisa boa para a cidade e tals, para mim, o 'buraco' continua sendo mais embaixo porque, na verdade, talvez as nossas expressões verbais durante as Explicações Pessoais (momento em que, de acordo com o Regimento Interno da Casa, o vereador fala sobre atitudes pessoais assumidas durante a sessão ou no exercício do mandato, com a duração de 7 minutos que eu, particularmente acho pouco, por sinal ) possam parecer um tanto quanto ácidas, ou até irônicas mas, o fato é que, ninguém é contra o processo de municipalização do trânsito mas, sim como ele veio encaminhado para a apreciação na Câmara e, corrigir as falhas do Projeto cabe ao autor do mesmo, no caso, o Executivo que, como eu sempre faço questão de lembrar, paga, R$ 48.000,00/ ano para que uma empresa, o Grupo Visão, faça os seus Projetos e, eu não consigo acreditar que não exista aqui mesmo em nossa cidade, pessoas capazes de escrever estes Projetos, pra mim não é apenas uma questão de 'escolha' pelo Executivo mas, há que se pensar que, é mais uma parte do dinheiro público que não fica alocado aqui e, que, mais uma vez o cidadão anastaciano que poderia estar desempenhando essa função, não está.
Outro ponto de vista é a tomada de decisões em função das reais necessidades da população, o que se torna mais 'próximo' dos interesses coletivos quando hieraquizados em função do estabelecimento de prioridades, motivo pelo qual as pessoas da nossa cidade deveriam participar das discussões ( como fez o Bruno ao escrever e publicar o texto) e, se possível, aliás, sempre que possível, freqüentar as sessões da Câmara, procurar o vereador que ajudou a eleger e expor suas idéias e necessidades básicas que estejam ao alcance do vereador e, para tal, é importante que se saiba que, Governar, administrar o município, cabe ao Prefeito, expoente máximo do Poder Executivo e que, ao Vereador cabe legislar (participar da construção de Leis para o município) e realizar o controle externo do Executivo (verificar se a atividade governamental atendeu à finalidade pública, às leis e aos princípios básicos da administração pública).
Cumpre salientar, ainda, que, as 'rotatórias' instaladas na Avenida Nove de Julho e na Rua Barão do Rio Branco (causadoras de algumas ocorrências no trânsito local) são obras do Executivo na gestão anterior sem o consentimento do Conselho Municipal do Trânsito(SIC).
Pessoalmente, entre a municipalização do trânsito e uma melhor atenção à saúde com a contratação de médicos para o atendimento da população (lembrando que o parâmetro mínimo de 1 médico para cada mil habitantes da Organização Mundial de Saúde não está sendo observado pela administração pública) seria a saúde uma prioridade não em detrimento do trânsito mas, justamente também não o contrário como está sendo feito.
Enfim, o registro que eu quero deixar aqui é o fato de ter visto a primeira manifestação popular sobre políticas públicas e, vinda de um jovem estudante, prova essa de que a nossa população está começando um movimento que pode ainda resultar (e eu sei q vai), num futuro próximo, numa Gestão participativa da Administração Pública.
postado por Andrea Puríssimo, às 01:07
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