terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

IPCA acelera em janeiro, por alimentos e ônibus

8 de fevereiro de 2011 às 12:43h

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de janeiro com alta de 0,83%, frente a 0,63% registrado em dezembro. Trata-se da maior taxa mensal desde abril de 2005.
Segundo os dados, divulgados nesta terça-feira (8/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulou 5,99% nos últimos 12 meses.
Além da pressão dos reajustes nas tarifas de ônibus, em janeiro os alimentos continuaram com variação elevada.
O grupo alimentação e bebidas teve ligeira desaceleração, passando de 1,32% em dezembro para 1,16% em janeiro. Já os transportes avançaram de 0,29% para 1,55%. Os dois grupos foram responsáveis por 67% do IPCA do mês.
Dentre os alimentos, os produtos que puxaram a inflação nos meses passados devolveram em janeiro parte da alta de preços. É o caso da carne (de 2,25% para -0,19%), dos feijões (de -11,1% para -10,5%) e do arroz (de 0,21% para -0,76%).
Entretanto, em janeiro o IPCA teve novos vilões. Em decorrência das chuvas, registraram avanços maiores o tomate (de 8,86% para 27,11%), a cenoura (de 14,93% para 22,32%), as frutas (de -0,88% para 4,40%) e as hortaliças (de 4,19% para 15,57%).
Já no grupo transportes, a alta foi causada pelo aumento de 4,13% na tarifa dos ônibus urbanos, que tiveram o maior impacto individual no IPCA do mês. A alta refletiu aumentos nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo.
Por sua vez, o grupo habitação também teve aceleração de dezembro para janeiro (de 0,49% para 0,61%), com o aumento dos aluguéis (de 0,73% para 1,23%) e do condomínio (1,04% para 1,27%).
Entre as despesas pessoais (de 0,57% para 0,83%), o destaque ficou com o item empregado doméstico (de 0,72% para 0,91%).
Baixa renda
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos, avançou em 0,94% em janeiro, acima do IPCA e mais elevado do que o registrado em dezembro, de 0,60%.
Nesse indicador, a variação dos produtos alimentícios foi de 1,02%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,9%.

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